domingo, 12 de julho de 2009

O olhar basta

Em cada momento,
A cada tempo,

Ele escorre e já é outro.

Nunca o mesmo.


O vento, vem trazer-me a resposta
Que não foi dita.
O silêncio ainda preserva as estranhas
Palavras indescritíveis.

Ao espasmo do meu esmo
Decidi abrir-me.

Ao tocar;

E o imaginável ver,

O estranho, presente estava.

Sim, ali! Grande e forte

Seus olhos incógnitos em mim.
Sua boca. Um riso ignoto.

E todo o teu ser,

Eu senti.


Fitei-o um instante.

Instante que o vento não levou;

Que não escorreu.

Perdurou.


E ali suspenso...

Vasto,

Intenso e profundo...

O sentimento ficou.

E por muito tempo durou...


Estremecíamos.

Osculo.

De nós,

Nenhum asco.

Juliete Nascimento

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